terça-feira, 2 de março de 2010

Campanha da Fraternidade: Economia e Vida



Iniciada a Campanha da Fraternidade através da formação nas Regiões Pastorais destacamos a beleza e alegria, os sonhos e esperanças de que é possível uma sociedade onde todos possam ter dignidade e dispor das maravilhas que Deus concedeu a todos.
Nos encontros de formação vimos que a Economia deve ser pensada a partir de como “administrar bem os Bens que Deus nos deu”. Neste tempo de Quaresma podemos nos questionar: o que Deus me confiou e como tenho dado resposta a esta missão?
Deus criou todas as coisas e viu que era muito bom e este bom é para ser de todos, porém muitas vezes queremos que este “bom” fique somente para mim ou para os que estão perto de mim, caímos na tentação de sermos auto-suficientes, nos fecharmos no pequeno grupo e não partilhar e ajudar os que menos têm.
É justamente isto que a economia que tem como principio o dinheiro busca, desenvolver a auto-suficiência, o individualismo, o consumismo. Esta forma de pensar esvazia o ser humano, tornando-o apenas um objeto econômico, ele passa a valer apenas a partir do que tem e não o que é como pessoa.
Este apelo que a Igreja faz, através da Campanha da Fraternidade, de colocar a Economia a serviço da Vida é bastante desafiador e trabalhoso, mas vimos vários sinais da presença de Deus nos alimentando e fortalecendo: através dos projetos sociais das paróquias, nos rostos dos agentes que participaram (aproximadamente 2.000 pessoas entre os regionais e as paróquias), vimos que esta nova sociedade é possível e já acontece, vimos pelo exemplo de Zilda Arns que um sim com simplicidade e amor é capaz de salvar vidas, vimos no trabalho da paróquia nossa Senhora de Fátima, Vila Fátima, que com amor e carinho é possível resgatar vidas, valorizar o ser humano e trazer a alegria novamente para os lares. Vimos na partilha do pão que a Pastoral da Criança nos ofereceu, e que com o empenho conjunto de muitos que trabalham com Cristo a frente é possível ir mais longe, como foi o caso da Equipe Diocesana de Música, presente nas várias regiões, na ornamentação e acolhida das várias paróquias. Saímos destes encontros com a certeza que vale pena, vale convidar mais um e outro ...
Precisamos acreditar que cada cristão é embaixador de Cristo, cada família é chamada a colocar-se como sinal da presença amorosa de Deus, cuidar com carinho do que Deus nos deu gratuitamente e que não tem preço o amor, o carinho, a disponibilidade. É preciso romper com a paralisia que a economia de morte nos colocou, é preciso se colocar a caminho, gritar pelas ruas, sonhar, convencer mais um. Vamos à ação.

Gestos Concretos

Nesta Campanha podemos ter vários gestos, no aspecto pessoal, comunitário e institucional.

Destacamos as propostas para Gesto institucional:

1 - Cada um contribuir com a Campanha da Fraternidade com a coleta de Domingo de Ramos. Este gesto deve ser generoso fruto das economias feitas através dos propósitos quaresmais, com estes recursos poderemos fazer muito em favor dos nossos irmãos através de projetos sociais. Na Diocese as paróquias apresentem projetos sociais para a geração de renda ou formação para uma economia de vida. Estes projetos serão analisados e escolhidos pela equipe de coordenação Diocesana, Campanha da Fraternidade e Serviços promocionais. Apresentar os projetos até o final de abril contendo os objetivos, as necessidades, a quantidade de atendidos, os recursos necessários, e como o projeto vai se sustentar. Não deixe de participar.

2 – As paróquias poderiam ajudar outras paróquias mais necessitadas, pensar na “Paróquia amiga”, isto também ser pensada em nível também pessoal, como podemos ajudar uma pessoa, uma família que passa por dificuldades? Sabemos da dificuldade disto pois cada um tem seus compromissos e os recursos são escassos, mas tomos o exemplo da partilha através do dizimo, a oferta da viúva, onde todos podem partilhar do pouco que tem e Deus o dará a mais.

3 – Indicar dois ou três membros por Região Pastoral para ser um elo de referencia com a equipe Diocesana da Campanha da Fraternidade.


Podemos ter vários gestos, atitudes para mudar, tempo de quaresma tempo forte de conversão. Se você tem idéias, ações concretas, comentários, nos envie estas noticias, é importante divulgarmos todas as ações de economia para a vida. Nosso blog é www.cfguarulhos.ning.com.

José Luiz Gomes
Equipe Diocesana da Campanha da Fraternidade

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade Ecumênica - 2010

As Igrejas Cristãs no Brasil, presentes no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC, apresentam a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, com o tema Economia e Vida e o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Esta é a terceira campanha da fraternidade realizada de forma ecumênica, e tem como objetivo geral: “Colaborador na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada do ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. É necessário conclamar a todos e todas para construir uma nova sociedade, educar essa mesma sociedade afirmando que um novo modelo econômico é possível, e denunciar as distorções da realidade econômica existente, para que a economia esteja a serviço da vida.

Os meios de produção/consumo de produtos e alimentos, o desenvolvimento dos países não pode estar relacionado à destruição da natureza, na exploração dos povos e nações menos favorecidas. As propostas de uma nova economia que valoriza a vida devem nos permitir uma conversão ao amor, produzindo assim gestos e frutos de partilha e de justiça, transformando nossa fé em caridade, como nas primeiras comunidades cristãs.

A campanha da Fraternidade quer ajudar a construir novas relações, apontando princípios de justiça, denunciando ameaças e violações da dignidade e dos direitos, abrindo caminhos de solidariedade. A vida em fraternidade é expressão do Evangelho e testemunha a nossa condição de filhos e filhas de Deus. A fraternidade e a solidariedade suscitam uma sociedade em que todos se sintam como famílias, em paz, harmonia e segurança.

Quaresma é tempo propício para a conversão, momento favorável, dia da salvação. No entanto, esta conversão não se limita ao tempo da quaresma, mas deve produzir frutos que a testemunhem e que permaneçam para a vida eterna. A CFE contribui para a vivência do espírito quaresmal, promovendo a conversão da pessoa em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e social.

Texto escrito por Geraldo Magela e Sueli
Equipe Diocesana Campanha Fraternidade - Guarulhos

sábado, 17 de outubro de 2009

CF 2010 - ECONOMIA E VIDA


"Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" este é o lema da Campanha da Fraternidade 2010 que tem como tema "Economia e Vida". Este ano ela é ecumenica, ou seja idealizada e organizada pelas Igrejas integrantes do CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. A formação e discução do Tema será realizado em Itaicí nos dias 24,25 e 26 e participam os animadores da Campanha das Dioceses do Regional Sul I que compreende o Estado de São Paulo. Vamos começar já esta nova Campanha que quer discutir como estamos diante de uma economia consumista. É possivel uma economia solidária, onde possamos viver a partilha, onde todos possam ter o necessário para seu sustento? Conversar, discutir, construir juntos esta é a proposta deste Espaço cfguarulhos pois entendemos que a solidariedade e a paz só poderá ser conseguida se construida por todos e por cada um em particular. Venha participar conosco.
Equipe Diocesana Campanha da Fraternidade
Diocese de Guarulhos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CF 2009 - Fraternidade e Segurança Publica


Campanha Fraternidade 2009 - O Tema é Fraternidade e Segurança Pública. Seu Lema: A Paz é Fruto da Justiça, é uma frase do Profeta Isaías no salmo 32.
A CF afirma que a violência só será superada pela justiça social, permitindo que os direitos e a dignidade dos seres humanos sejam plenamente respeitados.
Nossa Sociedade será melhor se soubermos ensinar e vivenciar uma cultura de Paz em detrimento a uma cultura do medo e da violência.
Vamos perceber nossas atitudes e nossos ensinamentos e nos questionar: Estou promovendo e vivendo a cultura da Paz?

sábado, 19 de setembro de 2009

A campanha é Instrumento de diálogo com a sociedade civil e um momento de graça e benção. No livro “Quando Fala ao Coração” tem-se a pergunta feita a Dom Raymundo Damasceno, secretário geral da CNBB: De que maneira a CF tem contribuído para a evangelização no Brasil? Na sua primeira fase, mais voltada para a renovação interna da igreja, a CF ajudou aos cristãos na conscientização de que todos somos Igreja. Despertou para a co-responsabilidade na missão evangelizadora. Na segunda fase, mais voltada para a realidade social, a denuncia dos pecados sociais, a promoção da justiça e dos direitos humanos em toda a sociedade, é inegável a influencia da CF no despertar da cidadania dos católicos e das pessoas de boa vontade. Já na terceira fase, mais orientada para a situação existencial do povo brasileiro, a CF deu um passo significativo, em todo o processo evangelizador, na articulação entre fé e política, entre fé e vida. A CF, com seus temas tão bem assentados na realidade do País, tem constituído também em excelente instrumento de diálogo da Igreja com a sociedade.
Outra pergunta é: O que os cristãos podem esperar da Campanha da Fraternidade nos próximos anos? Melhor que esperar, os cristãos podem e devem assumir a sua responsabilidade, junto com a Igreja no Brasil, no sentido de tornar, cada vez mais, a CF um momento de graça e benção para a vivencia da solidariedade, e o conseqüente aprofundamento da fé em Jesus Cristo e seu seguimento. Com as futuras campanhas, a Igreja no Brasil pretende continuar aprofundando o significado da Quaresma como tempo de auto-avaliação, de conversão, de vida nova segundo o projeto de Deus e de novo tipo de convivência e relações sociais.[1]
Com estas respostas de dom Raymundo temos a clara medida da importância da CF na sociedade, e a nossa importância como cristãos que agem para o resgate da vida de tantos irmãos e irmãs.
[1] Quando fala ao Coração, Eli Araújo, Londrina Parana

Jose Luiz Gomes

A História da Campanha da Fraternidade

A Campanha da Fraternidade foi idealidade em 1961 pela “Caritas Brasileira” com a finalidade de arrecadar fundos para atividades assistências. Em 1962 ocorre a primeira Campanha em Natal (RN) com a adesão de outras três Dioceses. Em 1963 16 Dioceses do Nordeste realizaram a Campanha. O Fato de ter iniciado em Natal e espalhado pelo Nordeste esta ligado a participação efetiva de Dom Eugênio de Araújo Sales que era presidente da Caritas e Administrador Apostólico de Natal, dai a facilidade de implantação nesta região.
Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de Dezembro de 1963 e realizado pela primeira vez na Quaresma de 1964. Em 1965 a Campanha da Fraternidade foi vinculada ao Secretariado Geral da CNBB. Em 1967 iniciou-se os encontros nacionais das coordenações nacionais e regionais da CF. Em 1970, a CF ganhou novo impulso com a mensagem do Papa, transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão quando de sua abertura, na Quarta-feira de Cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF a cada ano.

Campanha da Fraternidade - Um Grito Profético da Igreja

1. Um Grito profético

Somente poderemos sentir a importância da Campanha da Fraternidade se mergulharmos em sua dimensão profética. E cada um de nós é convidado, durante o período da quaresma, à conversão. Olhar não somente os pecados individuais, ou sociais, mas sobretudo o pecado que nega ao ser humano o direito de ser reconhecido como filho de Deus, vivendo dignamente e em plenitude.
E participar da CF é assumir o papel de profeta, cheio do Espírito Santo, com coragem para anunciar e denunciar. E a Igreja oferece aos seus membros a estrutura, para em conjunto com vários irmãos, inclusive em nível nacional, articular o grito pela solidariedade, o grito de não a este sistema que gera morte e gritar que é possível uma nova sociedade a partir de princípios morais e éticos, sempre respeitando o ser humano, imagem e semelhança de Deus.
É por isto que precisamos nos articular na participação da Campanha. Não é somente um período importante dentro do tempo litúrgico, mas um chamado de Deus que ouve o clamor do seu povo. Na próxima Campanha será discutido a Fraternidade e Economia, com o lema "Não se pode servir a Deus e ao Dinheiro". Vamos discutir este tema e convidar a todos a pensar a economia a serviço da vida tendo o Ser Humano como o centro de nossas ações.
Este é o espírito profético da Campanha, enquanto não houver justiça e partilha o profeta continuará a denunciar. Seja um profeta sinta dentro de si a vontade e o desejo de construir esta terra denunciando as opressões e promovendo sempre a paz.

José Luiz Gomes